Fui ontem ver O Ilusionista, o último filme de Edward Norton, realizado por Neil Burger (Entrevista com o Assassino).
Levava comigo boas referência do filme, e não me desiludi.
A história leva-nos à Viena do século XIX, onde a magia e as “artes negras” são uma escapatória para os problemas sociais e económicos da população. Eisenheim (Edward Norton) é um mágico revolucionário que se vê frente a frente com o seu amor da juventude, Sophie (Jessica Biel), durante um espectáculo. O que poderia tornar-se num romace típico, o filme corre noutra direcção e oferece-nos uma história bem elaborada, cheia de mistério de fantasia, onde Eisenheim luta pelo seu amor, fazendo frente a Leopold, o principe herdeiro do Império Austro-Húngaro, que estás prestes a casar com Sophie. Uhl (Paulo Giammati) é o chefe da policia, que tenta, por um lado, fazer cumprir a vontade de Leopold, por outro, seguir a sua intuição.
O filme prima pelos diálogos algo elaborados, pela mestria da produção e por cenários brilhantemente escolhidos. As cores do filme assentam que nem uma luva no argumento, o que proporciona um efeito belo e místico, para além da história.
Aconselho a irem ver!
O argumento foi adaptado da obra de Steven Millhauser – “Eisenhein The Illusionist“.
——–SE NÃO VIRAM O FILME NÃO LEIAM A PARTIR DAQUI——-
Na minha opnião muito pessoal, achei o filme algo previsivel. Não tirando o mérito ao filme, como é óbvio, o argumento perde pela concepção de “romace” inicial que nos é dada, porque a partir daí, nada mais faria sentido. É dificil de explicar, mas tentando: aquando da suposta facada, Sophie quando passa em frente da janela onde se encontra o mordomo, ergue-se e muda de posição; quando Eisenhein chega ao rio perto de Sophie e pega nela, nota-se que faz uma cara estranha (pode parecer vago, mas vê-se claramente); quando Eisenhein faz a sua mala, o frasco que lá mete contem um liquido vermelho, que nunca é usado por ele nos espetáculos… entre outras coisas…
O filme é bonito, é mágico… o argumento pode ser previsivel mas não lhe tira a mestria daquele final excelente.
O único pecado do filme, para mim, é a falta de “animação” durante o filme… parece que guardaram tudo para o final.
Nota:
Como critico és um bom GARI!