Match Point

Numa altura em que o novo filme de Woody Allen, Scoop, está a chegar aos cinemas portugueses, tive a oportunidade de ver Match Point, o seu filme anterior.

Todos conhecem Woody Allen pela seu tom eloquente, pelo seu humor muito próprio, pelo seu feitio arrogante, mas especial. Todos o conhecemos, principalmente, pelo seu papel prepoderante na comédia mais elaborada e nivel cinematográfico que se faz do outro lado do Atlântico. Mas Woody Allen não é só um homem da comédia e Match Point vem provar a versatilidade e originalidade do realizador norte-americano.

Match Point

Match Point não é uma comédia; não é um thriller; não é um filme de acção; não é um drama. É uma mistura de sentimentos e pensamentos que nos faz desejar que acabe e quando acaba… faz-nos a desejar continue. É dificil de explicar, mas a exposição e evolução das personagens e da história revela-se algo parada, criando bastante apreensão. Mas, assim como assim, mais impacto tem a mensagem do filme. Uma mensagem sobre a sorte, ou falta dela, de quem a merece, ou não, de que luta por ela, ou não… ou simplesmente… da sorte que é termos sorte. Bastante realista e muito bem realizado (na minha opinião), consegue demonstrar-nos a força do acaso na realidade, através de uma peça de ficção.

O filme fala-nos da história de Chris Wilton , um ex-jogador profissional de ténis que se dedicou agora ao ensino deste, atraente jovem da classe média, que se envolve com Chloe, uma jovem filha de pais imensamente ricos. O irmão de Chloe, Tom, está tem uma relação com Nola Rice, uma aspirante a actriz, bela e muito sensual que suscita em Chris uma paixão. Ficar com a sua mulher e familia ou com a sua paixão? Chris tem de escolher e faz tudo para que a sua decisão seja a melhor. Mas será que terá a sorte de poder escolher? Será que a sorte estará do seu lado quando fizer a escolha?

Jonathan Rhys Meyers, Chris, tem uma prestação, na minha opinião, francamente fraca. Sem emotividade, sem espotaneadade… parece que está limitado ao argumento, sem margem de erro… a sua personagem perde alguma credibilidade nas suas acções pela falta de justificação emocional da sua parte. À medida que o filme avança, vai melhorando, mas não consegue apagar o “inicio-quase-até-ao-fim” desastroso. A bela Scarlett Johansson, deslumbra, não só pela sua beleza, mas pelo toque extremamente sensual que consegue com o seu charme e pela boa interpretação que conseguiu. Nota positiva também para, a também bela, Emily Mortimer pela excelente prestação.

No global, o filme não é uma maravilha, mas é um bom filme para se apreciar e daqueles que nos fazem pensar um pouco nas coisas que nos acontecem na vida. Mesmo assim, não consegue ser uma revelação (ou revolução), apenas uma reinvenção do estilo Woody’ano’. A nota negativa, embora seja muito mas mesmo muito relativo, é a duração do filme. Acho que poderia ter sido mais curto, mas noutro ponto de vista é necessário… por isso é uma nota negativa bastante ambigua.

Nota:

3 thoughts on “Match Point

  1. Estou morta por ver, mas Woddy Allen elude-me este ano. Nem Match Point nem Scoop… 😦 tenho que resolver esta lacuna o mais cedo possível, mas não sabendo precisar porquê, Scoop parece-me mais apelativo… talvez porque Match me pareça mais… romântico. Estarei enganada? Lá terei que recorrer ao clube de video mais próximo (já que não sou fã da moda do “saca aí mais um”).

    Cumprimentos 😉
    LeStrange

  2. Não falta muito para ver o Scoop, mas sim és capaz de ter razão nisso do romantismo…

  3. paulo alexandre diz:

    Vem ja vi ambos os filmes.. a maravilhoa internet faz destas coisas… no que diz respeito ao filme, para mim está juntamente com o scoop no top 10 dos filmes que vi nos ultimos 12 meses.. adorei mesmo. optar por uma vida estável e confortável ou então por uma paixão mas com umas libras a menos na conta bancária. o que um homem é capaz de faze rpa resolver um grande problema.. o woody allen está imparavel.

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