Hot Fuzz

Depois de Shaun of the Dead me ter deixado deliciado com a perícia e astúcia de Simon Pegg e Nick Frost, fiquei instantaneamente alertado para o filme seguinte da dulpa: Hot Fuzz. O filme infelizmente não estreou em Portugal mas, e como não poderia deixar de ver, há alternativas “menos legais” às quais fui forçado a recorrer.

Embora não tão bom como o seu antecessor, Hot Fuzz cumpre os requisitos e dá-nos, mais uma vez, a possibilidade de ver um filme de qualidade, sem as brejeirices de filmes “do mesmo género” e conseguindo maravilhar-nos com os seus pormenores.

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A história dá-nos a conhecer a vida do sargento Nicholas Angel (Simon Pegg), um super polícia que é transferido para outra cidade pois, como é ele o protagonista na luta contra o crime, não deixa que os seus colegas de profissão brilhem. Quando é transferido, Angel vê-se numa cidade pacata onde nada parece estar fora do sítio e onde todas as pessoas pensam os pequenos crimes são bons para eles, pois não têm de reportá-los e tornar assim a cidade no melhor sítio para se viver. Na esquadra, Angel encontra o seu novo parceiro, Danny (Nick Frost), um polícia ainda com muito para aprender e que o irá ajudar nas suas patrulhas diárias. Mas nem tudo é o que parece e afinal a pacata cidade não é assim tão calma; cabe a Angel e Danny descobrirem o que se passa e reporem a ordem.

Se Shaun of the Dead se debruçava no tema dos zombies, este Hot Fuzz é o seu equivalente para os filmes de acção. Explosões fenomenais, perseguições alucinantes e tiroteios em doses industriais, enquanto por outro lado temos um enredo tão básico quanto imaginativo. O capítulo em que filme perde pontos é no humor: não se assume tanto como uma comédia, deixando esta um pouco de lado, enquanto satiriza os filmes “Michael Bay like” sem adocicar o conteúdo com as lapidantes situações que caracterizaram Shaun of the Dead. Isto não quer dizer, de qualquer forma, que é apenas mediano nesse aspecto. Não! É muito bom, apenas não está tão presente como gostaríamos.

Simon Pegg assume mais uma vez a sua versatilidade e cria um personagem espectacular (literalmente) e recheia, mais uma vez, o filme de um carisma de excelência. Nick Frost não lhe fica atrás e representa como ninguém a excelência da ignorância e da inocência. Edgar Wrigth, na realização e parcialmente no argumento, volta a surpreender com o tom frenético que imprime ao filme e pelos constantes “fast-forwards” que, por muitos que sejam, nunca ficam mal.

É um filme aconselhável a quem gostou de Shaun of the Dead, em qualquer um dos seus aspectos, e é capaz de cativar novos públicos para o género. Cá espero ansiosamente pelo próximo trabalho da equipa.

Nota:

4 thoughts on “Hot Fuzz

  1. Diogo Augusto diz:

    Gostei muito de sua resenha. Bem semelhante à minha que fiz em meu blog!
    Abraços e sucesso!!!

  2. Diogo Augusto diz:

    Ah, esqueci de colocar o meu blog: http://www.thenoiser.wordpress.com
    Abraços!

  3. […] – Hot Fuzz – Lê aqui o que disse sobre o […]

  4. Hugo Gomes diz:

    Concordo com a tus critica, estamos perante duma das melhores comedias do ano. E este ano está a ser bom em termos de comédias ; Knocked Up, Simpsons, Superbad e agora este Hot Fuzz.

    Ri bastante com Rush Hour 3, apesar de ser o piorzinho da trilogia.

    Um abraço

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