Breach

Realizado por Billy Ray (responsável por Suspect Zero, um filme que muito prezo mas que parece não ter impressionado muita gente), chegou às salas portuguesas há uns meses atrás Breach, o seu mais recente filme, baseado na maior fuga de informação da história do FBI.

Inspirado por factos verídicos, Breach é um daqueles filmes invulgarmente bem-feitos sobre este tema, muito superior a ao filme que De Niro nos trouxe no início do ano (The Good Sheperd). Com uma dinâmica agradável e com interpretações tão sublimes quanto arrasadoras, Quebra de Confiança, em português, é uma das boas surpresas do ano.

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Eric O’Neill (Ryan Phillippe) é um aspirante a agente do FBI. A sua vontade e destreza de actuação fazem dele o escolhido para vigiar um outro agente, Robert Hanssen (Chris Cooper), acusado de publicar conteúdos eróticos da sua vida pessoal e do pessoal da agência. Eric cedo se apercebe que afinal nada daquilo é verdade e intriga-se sobre a verdadeira razão do seu trabalho. É então que a responsável pela divisão Kate Burroughs (Laura Linney) o informa de que Robert é um espião que fornece informação secreta à Rússia. Com poucas provas e a informação a escassear, Eric vê o seu trabalho dificultado para descortinar o que realmente se passa.

Bastante desenvolvido a nível emocional e pessoal, Breach consegue contar-nos uma história que já de si é fascinante de uma maneira intensa e apelativa, suportada por algumas adições chave à história original e pela capacidade representativa dos dois pilares do elenco.

Ryan Phillippe é, para mim, um dos melhores da sua geração e ainda tem muito espaço para crescer e amadurecer; aqui, em Breach, é um elemento chave interpretando o lado inocente e menos esclarecido de um jovem determinado a avançar na carreira mas que ainda não tem estômago para lidar com certas situações. Mas aprende rápido!! O centro de todo o filme é a figura representada por Cooper. Soberano, impetuoso, ríspido, orgulhoso e inteligente… o actor transmite-nos todas estas características da personagem de forma declarada e muito convincente. E Linney já merecia um Óscar… não por este filme mas é sem dúvida dotadíssima!

Ray agradou-me mais uma vez. Com uma atmosfera e espaços escuros conseguiu captar tudo o que de bom haveria para mostrar.

Gostei e gostei bastante principalmente pela qualidade que mostra mas também pela altura em que estamos onde tudo parece algo parco em termos de qualidade argumentativa e de representação.

Nota:

3 thoughts on “Breach

  1. Manuela diz:

    concordo plenamente com a análise! é mesmo um filme que vale a pena!

  2. Rui Lucas diz:

    “filme que muito preso” – então estás preso ao filme?? lool
    Ah! espera! queres dizer um filme que mto gostas? ah então é prezas 😉 ai ai simao!!!!!!

  3. Obrigado Manuela pelo comentário e sim, vale mesmo a pena ver!

    Rui… obrigado pelo reparo, já está corrigido.

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