Live Free or Die Hard

Eu sei que já lá vai algum tempo desde a sua estreia e que, sendo um adepto ferrenho da saga Die Hard, é uma falha quase imperdoável só ter visto agora. Mas mais vale tarde do que nunca e tive a oportunidade de visionar aquele que é a 4ª aventura do detective John McClane – Die Hard 4.0, também conhecido como Live Free or Die Hard.

A saga daquele que é, provavelmente, o único verdadeiro herói do cinema, ou não fosse McClane o herói mais casual da grande tela, teve mais uma boa aventura, carregada de adrenalina, repleta de acção e com o carisma habitual. Adaptar a história de um herói que teve o seu inicio na década de 80 aos tempos modernos não era tarefa fácil mas, mesmo assim, desde o argumento à realização passando pelos actores, este filme consegue fazer jus àquilo que já estávamos habituados nos filmes anteriores.

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Desta vez o problema a resolver é um ataque informática e todas as infrastruturas e serviços dos Estados Unidos, levado a cabo por Thomas Gabriel (Timothy Olyphant), um antigo responsável do Departamento da Defesa. McClane (Bruce Willis), agora divorciado e com uma débil relação com a filha, é chamado a ajudar no caso, sendo responsabilizado por prender um hacker, Mathew Farrell (Justin Long) que poderia estar envolvido. Quando está prestes a levá-lo consigo, e não sabendo o que se passava, McClane vê-se no meio de uma autêntica batalha pela sobrevivência quando os responsáveis pelo ataque tentam matar o Farrell. McClane, que não se queria envolver, acaba por aperceber-se que é o único capaz resolver a situação, começando assim a investigar e passando pelas habituais situações que o tornaram tão popular.

Die Hard 4.0 é muito bom. Tudo aquilo que poderíamos esperar do filme, é-nos transmitido com todo o fervor e fanatismo que se impunham, recorrendo ao mítico carisma do detective, às cenas de acção que apenas ele consegue ultrapassar com bravura e juntando-lhe aquele característico humor que só nesta saga encontramos.

A realização de Len Wiseman é frenética e acaba por também dar aquele toque especial ao exagero da capacidade extraordinária de McClane conseguir resistir a praticamente tudo. No entanto, enquanto proporciona entretenimento, chateia um pouco toda aquela destruição. A cena da perseguição do camião, conduzido por McClane, por um caça fortivo é brilhante (pois está muito bem conseguida, com bons efeitos especiais e proporciona momentos em que só nos apetece fazer claque por McClane) mas ao mesmo tempo começamos a pensar que é um exagero desnecessário.

Bruce Willis continua a ser o patrão em jogo. Qualquer expressão corporal, qualquer fala ou reacção continuam no ponto fazendo-nos acreditar que, neste interregno, nunca deixou de ser esta magnífica personagem. Justin Long faz-lhe companhia de forma bem consistente. Por seu lado o vilão interpretado por Olyphant, embora razoável, não consegue fazer esquecer os seus antecessores.

Live Free or Die Hard é a prova viva de que há sequelas que merecem ver a luz do dia, quando se fazem com amor e dedicação àquilo que um dia elas representaram. Não representa uma revolução, isso é um facto, mas não é isso que faz dele um filme pior. Só espero que se lembrem de um 5.0 mas só enquanto Bruce Willis for capaz de interpretar a personagem, pois mais ninguém, mesmo ninguém, poderia substituí-lo.

Nota:

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5 thoughts on “Live Free or Die Hard

  1. Knoxville diz:

    Acabou por ser uma das melhores surpresas que tive numa sala de cinema nos últimos anos. As minhas expectativas eram tão baixas e estava tão receoso com uma catástrofe de Wiseman, que saí quase extasiado da sala. Pena apenas pelo excesso de efeitos especiais e uma ou duas cenas desncessárias (salto para cima de um avião daqueles? E limites não?). De resto, cinco estrelas. McClane é McClane, não há outro.

    Um abraço!

  2. Como ele disse: ‘On your tombstone it will say always in the wrong place at the wrong time.’ 😉

    Abraço

  3. Penny Lane diz:

    Bom, concordo bastante com o que Knoxville disse. Apesar de me ter surpreendido positivamente, achei exageradas algumas cenas, e considero o primeiro melhor. Ainda assim, Bruce Willis e o argumento inteligentemente “old-school” salva bem a situação e traz-nos um bom blockbuster de verão.
    (Bom blog que por aqui anda)

  4. Concordo com todos vocês.
    Obrigado pelos comentários!

    Penny obrigado! 😀

    Abraço a todos!

  5. Jorge Tavares diz:

    achei altamente o filme!É uma das razôes que me levam a gostar de cinema,é poder ver cenas que sò mesmo imaginadas nos nossos sonhos mais selvagem ousados…e ainda assim perfeitamente plausiveis no contexto e situaçao em que se inserem.Não me desiludiu,sendo eu um fã incondicional da saga Die Hard.

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